A esclerose múltipla é uma doença crónica e progressiva que vai minando lentamente quem dela padece até lhe limitar totalmente as faculdades básicas. Trata-se de uma doença que tem alguma expressão na sociedade moderna. Infelizmente, ainda é uma doença que não tem cura e que afecta todo o sistema nervoso e neurológico. A esclerose múltipla manifesta-se por surtos, embora os mesmos possam ser de diferentes formas e intensidade.
Se quer saber mais sobre esta doença, não perca o resto deste artigo porque hoje vamos falar sobre os tipos de esclerose múltipla e sobre as características mais marcantes de cada uma delas.
Tabela de Conteúdos
Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente ou Surto-Remissão
Existem surtos (episódios em que os sintomas se agravam subitamente), seguidos por remissões (períodos de recuperação). Entre os surtos, o doente geralmente mantém-se estável e não há deterioração do seu estado de saúde. Este padrão corresponde à grande maioria dos casos na fase inicial da doença. Cerca de metade das pessoas com a forma recorrente-remitente entra, com o passar do tempo, numa fase secundária progressiva (descrita mais abaixo).
Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP)
É um tipo de esclerose pouco frequente e são poucas as pessoas que sofrem deste tipo de EM. É um tipo de EM progressiva que surge em idade mais avançada (40 anos ou mais), sem períodos de surtos, e onde os sintomas se agravam de forma constante desde o início do diagnóstico. Ao contrário da Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente, não há momentos para a recuperação embora a doença possa ficar estável e não se agravar muito.
Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP)
Neste terceiro tipo de esclerose múltipla, os surtos são totalmente imprevisíveis, tal como acontece na EM Recorrente-Remitente. Mas ao contrário do primeiro tipo de esclerose e apesar de cessarem os surtos, o paciente pode continuar a piorar de forma progressiva e preocupante.
Esclerose Múltipla Recidivante Remitente (EMRR)
É a forma mais comum de esclerose múltipla. Neste caso os indivíduos apresentam surtos e voltam ao seu estado normal. Estes surtos são episódios agudos de manifestações sintomáticas por um período superior a 24 horas. Durante o surto, os sintomas desenvolvem-se nos primeiros dias, permanecem constante durante 3 a 4 semanas e acabam por cessar ao fim de um mês. Nesta fase poderá haver uma recuperação parcial ou total dos sintomas experimentados, considerando-se 2 surtos distintos num curto espaço de tempo, quando existe um intervalo de 30 dias entre ambos.
Sendo esta uma doença progressiva pode ocorrer que que passados 10 a 15 anos este tipo de EM possa evoluir para Esclerose Múltipla Secundária Progressiva.
Esclerose Múltipla Benigna
O último tipo de esclerose múltipla que se conhece é a benigna. Tem este nome porque o doente consegue recuperar totalmente e não apresenta quaisquer sinais da doença, apesar da presença de surtos concretos. O problema acaba por ser menor e apenas provoca pequenos problemas.
Estes são os tipos de esclerose múltipla que existem actualmente e que afectam muitas pessoas hoje em dia. As investigações continuam em curso para se tentar encontrar algum tipo de cura que possa tratar completamente esta doença. É importante recordar que apesar de ser uma doença que afecta todo o sistema neurológico, também pode vir a afectar a parte mental do doente.
É muito comum que o doente possa vir a passar por episódios de depressão após verificar que vai perdendo as suas faculdades de forma progressiva e sem poder fazer nada. É por isso que apesar de ser uma doença incurável, se aconselha também o tratamento do aspecto psicológico do paciente para evitar um agravamento dos sintomas da própria esclerose. Este tratamento pode ser uma grande ajuda pois pode ajudar a melhorar o estado do doente.
Espero ter ajudado a esclarecer quais são os diferentes tipos de esclerose múltipla existentes e agora os saiba diferenciar sem problemas.