A salmonelose é uma intoxicação alimentar causada por uma infecção devido a uma bactéria chamada salmonela. Trata-se de uma das intoxicações alimentares mais comuns e que afecta milhões de pessoas todos os anos, especialmente durante o verão.
A salmonela provoca danos no sistema digestivo e na corrente sanguínea. Uma pessoa infectada apresenta sintomas como diarreia, febre e vómitos.
É importante ainda conhecer as medidas para evitar a salmonelose e recorrer ao médico logo que sejam detectados os primeiros sintomas. Como já viu, hoje vamos conhecer os sintomas, causas e tratamento para a salmonelose.
Tabela de Conteúdos
Sintomas da salmonelose
A salmonela costuma apresentar os primeiros sinais logo após o período de incubação, ou seja, entre 8 a 72 horas depois de infectado. Entre os danos provocados no sistema digestivo, encontra-se a gastroenterite. A gastroenterite não costuma dar grandes complicações, mas pode ser perigosa nas crianças e nos idosos. A doença pode durar entre 2 e 7 dias e os sintomas costumam ser ligeiros, embora em alguns casos mais graves possa haver perigo de vida devido à desidratação severa causada pela diarreia ou pela síndrome de Reiter. Esta última é também conhecida como artrite reactiva e pode causar artrite, problemas urinários e olhos vermelhos. Os sintomas mais comuns da salmonela são:
- Náuseas e vómitos.
- Diarreia leve ou severa.
- Dor de estômago.
- Dor de cabeça.
- Dores musculares.
- Sangue nas fezes.
- Febre e calafrios.
Causas da salmonelose
A principal causa da salmonelose é o contacto com alimentos infectados com a bactéria da salmonela, nomeadamente:
- Ovos. O consumo de ovos crus, embora os ovos fritos e cozidos também possam contaminar. Isto deve-se ao facto da galinha infectada produzir os ovos directamente com a bactéria da salmonela. Por essa mesma razão, também os produtos feitos à base de ovos como a maionese e outros molhos podem provocar infecção.
- Carne crua, aves e marisco. As carnes podem ser contaminadas durante o seu processamento pelo contacto com fezes. No caso do marisco, é provável que este tenha estado em contacto com águas contaminadas com a bactéria.
- Frutas e verduras. Estes alimentos podem ser lavados com água contaminada com a bactéria da salmonelose. Se estes alimentos não forem cozinhados para consumo, o que é muito comum no caso das saladas, a bactéria pode ser transmitida aos humanos.
Para além dos alimentos contaminados, também existe o risco de uma pessoa contaminada contagiar outra através do contacto, até mesmo quando manipula alimentos ou toca algum objecto utilizado posteriormente por outra pessoa.
A bactéria da salmonela pode também estar presente em animais domésticos, uma vez que pode estar presente na comida com que estes são alimentados, facilitando assim o contágio de animais vivos para os humanos.
Tratamento da salmonelose
Nos casos em que a infecção ser considerada leve, o habitual é manter a pessoa hidratada através de complementos alimentares como potássio, cloreto e sódio. Nos casos mais graves onde os sintomas aparecem com maior intensidade pode ser necessária a hospitalização. Os medicamentos normalmente administrados no tratamento da salmonelose são os antidiarreicos, para aliviar as cólicas, e antibióticos no caso da salmonela se encontrar já na corrente sanguínea, e se a infecção for considerada grave.
Para além disso, deve-se ainda ter um cuidado especial com a dieta seguida durante o processo de recuperação, nomeadamente:
- Líquidos. É um dos passos mais importantes. A diarreia e os vómitos podem levar à desidratação, pelo que é muito importante beber água frequentemente para evitar a mesma. Podem-se ainda consumir líquidos como o chá e caldos sem gordura, para além da água. Por outro lado, deve-se evitar o consumo de cafeína porque levar a uma maior desidratação.
- Alimentos moles. Quando se nota uma melhoria dos sintomas, especialmente na diarreia, pode-se começar a fazer uma dieta à base de alimentos moles composta por arroz, batatas, cenoura, peixe e frango fervidos ou assados no forno. Isto vai ajudar o corpo a recuperar nutrientes e a melhorar.
Factores de risco e prevenção
Estes são alguns dos factores de risco da salmonelose:
- Viajar para locais onde as condições sanitárias são mais precárias e onde a infecção é comum, como por exemplo países em vias de desenvolvimento. Estes países têm muitas vezes condições higiénicas deficientes que facilitam o contágio.
- Conviver ou ter contacto frequente com animais, especialmente aves e répteis.
- Pessoas com o sistema imunitário fraco, como por exemplo pessoas com sida ou malária, entre outras.
- Consumir habitualmente carne, aves e ovos crus.
Por outro lado, podemos ter em conta medidas de prevenção para evitar o contágio por salmonela. É frequente haver a chamada contaminação cruzada. Esta tem lugar quando são manipulados alimentos contaminados que entram em contacto posteriormente com outros alimentos sem uma higiene adequada, ou seja, sem se lavar as mãos. É por isso que devemos lavar as mãos antes de entrarmos em contacto com qualquer alimento como medida de prevenção. Isso para além de ser aconselhável cozinhar os alimentos. Algumas das medidas que podemos ter em mente são:
- Não lavar os ovos por fora. Isto faz com que os poros da casca se abram e a bactéria entre para o interior. Quando cozinhamos um ovo e a casca do ovo entra em contacto com a mesma, como por exemplo quando o ovo se parte. Nesse caso devemos retirar a casca e cozinhar bem o ovo deitando azeite a ferver por cima. Para além disso, devemos cozinhar a gema deitando azeite por cima se for um ovo frito.
- Se fizer maionese caseira, não deixe os ingredientes fora do frigorífico muito tempo, nem a guarde mais de 24 horas. Para o efeito, o melhor é consumir maionese embalada produzida com ovos pasteurizados.
- Lavar bem as mãos quando se vai cozinhar, para além de limpar devidamente os utensílios e o espaço utilizado.
Este artigo é meramente informativo. Não temos capacidade de receitar tratamentos médicos ou de fazer qualquer tipo de diagnóstico. Convidamo-lo a recorrer a um médico em se tiver qualquer problema de saúde.