A pressão venosa central é a pressão exercida pelo sangue nas veias de grande calibre, no retorno ao coração pela aurícula direita (veia cava superior). O valor da pressão venosa central permite obter informações complementares sobre o coração, nomeadamente o volume sanguíneo que chega ao coração, o tónus muscular e a sua capacidade de bombear o sangue.
O médico introduz um cateter numa veia de grande calibre, geralmente com anestesia no local da inserção, que vai ficar conectado a um soro com sistema. Ao sistema de soros pode ser ligado o manómetro de água com graduação em centímetros, onde se vê a água a oscilar na coluna de água. Também pode ser conectado a um transdutor electrónico que fornece os valores em milímetros de mercúrio (mmHg) visualizados num monitor. A oscilação faz-se ao mesmo tempo que os movimentos respiratórios, caso contrário deve ser procurada a causa (ex: dobra no cateter, falta de soro) e alertado o médico.
Após a colocação do cateter o médico pede a realização de um RX para observar o trajecto do cateter.
O zero da régua ou coluna de água ou o transdutor devem colocados ao nível da axila média do doente. São considerados valores normais os compreendidos entre 6 e 10Cm H2O se for medido na régua e 3 a 6mmHg no transdutor electrónico.
O cateter permite também administrar medicamentos devido a ter mais do que uma via. A medição obriga a que se fecha as outras vias sempre que for necessário medir a pressão, se estiverem a ser usadas.
Se os valores forem inferiores ao normal pode ser sinal de baixo volume sanguíneo (hipovolémia), se superiores pode provocar sobrecarga de líquidos (hídrica). O médico deve ser alertado.
Este exame é apenas realizado a doentes internados.
Referencias: Dicionário de termos técnicos de Medicina e Sáude – Editora: ABDR,
Enfermagem Médico – Cirúrgica – Conceitos e Prática Clínica Segunda Edição em Português, Tradução da Quarta Edição em Inglês, Vol I, Vol II