Nós não somos todos iguais, por isso não é possível que todos possamos ser tratados da mesma forma. Cada um de nós tem as suas particularidades e podemos ser aconselhados de acordo com isso mesmo.
Existem com certeza casos em que, sem ver o paciente, o profissional de saúde seria capaz de recomendar algum medicamento ou tratamento que fosse eficaz. Bastaria saber qual a doença/sintoma e saber qual é a recomendação que é indicada para esse caso.
Mas, se tudo fosse assim tão simples, ser profissional de saúde significaria só decorar sintomas e tratamentos … e isso não é aplicável! Ou não deveria ser.
Na maioria dos casos, é necessária uma avaliação detalhada do caso e a decisão sobre a terapêutica a instituir é bem mais complexa.
São muitos os pontos que devem ser tidos em consideração.
Tomemos como exemplo uma dor de cabeça. A causa de dores de cabeça persistentes podem ser várias:
-
problemas nos dentes (mesmo que estes não doam),
-
desidratação,
-
poucas horas de sono,
-
acidente/queda/choque antigo que não teve a intervenção adequada de um osteopata,
-
intolerâncias alimentares,
-
problemas no ouvido,
-
problemas de visão,
-
somatização de uma questão psicológica mal resolvida,
-
stress, …
Só uma avaliação cuidada e personalizada poderá ajudar a acabar com as dores de cabeça. Uma medicação para a dor só a vai atenuar por algumas horas, sendo que mais tarde ela vai voltar, pois a causa não foi determinada.
Assim, é preciso que o profissional de saúde aplique por exemplo os conhecimentos da Medicina Funcional e Integrativa e que decida de acordo com toda a história do paciente (e em conjunto com ele), o que fazer.
Tomar medicamento que só tratem os sintomas, só perpetua a doença. A determinação da causa do problema é um passo-chave que só uma avaliação personalizada ajuda a conseguir.
Análises convencionais e análises funcionais (mineralograma do cabelo, testes de DNA, avaliação da supra-renal, stress oxidativo, intolerâncias alimentares,…) poderão ajudar na personalização.
Pegando no mesmo exemplo das dores de cabeça, as soluções (não medicamentosas) poderiam ser diversas:
-
retirar um dente do ciso que não sabíamos que estava a incomodar,
-
beber mais de 1,5L de água por dia,
-
dormir mais 1 hora por dia,
-
intervenção com um osteopata para corrigir desequilíbrios,
-
passar a usar óculos,
-
começar a fazer meditação,
-
ter consultas de psicologia,
-
não comer glúten ou beber leite ou outras intervenções alimentares,
-
…
Os exemplos são infinitos, a dor de cabeça é só um deles. Sabia que lombalgias podem ser causadas por alterações intestinais?