Com a passagem do tempo acorre uma série de mudanças anatómicas e funcionais nos diferentes sistemas do organismo. Estas alterações a nível celular tornam as pessoas mais vulneráveis a doenças, ao aparecimento de incapacidades e até mesmo à morte.
Desde a segunda metade do século XX que a longevidade tem aumentado significativamente. Naturalmente que esta longevidade está associada ao aparecimento de doenças crónicas como a diabetes, hipertensão, cardiopatias, entre outras. O objectivo último dos programas de saúde dirigidos às pessoas mais idosas é prolongar a vida e diminuir ou atrasar o aparecimento de doenças, incapacidades ou a morte. A isto chama-se compressão da morbidade.
Mas para envelhecer com qualidade de vida é necessário implementar políticas sanitárias para a promoção da saúde logo desde a infância. Os pediatras devem ajudar ao desenvolvimento adequado das crianças para que chegue à idade adulta nas melhores condições possíveis. Já na idade adulta é preciso seguir os cuidados e medidas preventivas aconselhadas pelo médico.
Uma das patologias que devemos prevenir é a arteriosclerose, doença que provoca o endurecimento e diminuição do calibre das artérias comprometendo o fluxo sanguíneo e os nutrientes nos tecidos por ele irrigados. Para evitar ou atrasar o seu aparecimento é preciso manter uma dieta saudável, fazer exercício físico e não fumar. Devem ser alterados todos os hábitos de vida que possam acelerar o surgimento de doenças crónicas como a diabetes, colesterol elevado ou hipertensão arterial.
Há três características os idosos costumam ter em comum.
- A fragilidade que é o maior risco de incapacidade ou morte perante a doença.
- Coexistência de várias doenças crónicas ao mesmo tempo.
- Limitação funcional para realizar determinada actividade.
Existem algumas patologias que afectam a qualidade de vida. As do aparelho locomotor (osteoporose, artrose), disfunções musculares, dos órgãos dos sentidos (cataratas, perda de audição, glaucoma) ou neuropsiquiátricas (depressão, ansiedade, demência).
Qualidade de vida satisfatória durante o envelhecimento, significa autonomia da pessoa quando atinge a velhice para realizar as suas actividades básicas como comer, tomar banho, controlo da bexiga, deslocações, etc. Ou actividades instrumentais como a capacidade de dispor de capacidade económica, cozinhar, fazer compras, utilizar meios de transporte. Por actividades avançadas refere-se à capacidade de trabalho físico ou intelectual.
O grande desafio, mais do que tratar dignamente a população mais idosa, é atrasar o aparecimento de doenças e conseguir um envelhecimento satisfatório, sendo necessário para o efeito ter programas de prevenção adequados.
Imagem Antti Pirskanen via Flickr