Dieta para esteatose hepática

Dieta para esteatose hepática ou fígado gordo

Dieta para esteatose hepática

O fígado gordo é um problema de saúde caracterizado pela acumulação de gordura no fígado, e é a doença hepática crónica mais comum no mundo ocidental, pelo que é muito importante ter uma dieta para esteatose hepática.

Nestes casos, uma escolha adequada dos alimentos e complementos nutricionais ajuda à recuperação dos hepatócitos, das células hepáticas, e até pode mesmo conseguir reverter o rumo da doença, consoante a fase de desenvolvimento da mesma. Os conselhos nutricionais para combater o fígado gordo devem ser seguidos à risca. É preciso fazer uma dieta com mais fibras, sem açúcares simples, com menos gorduras más e sem bebidas alcoólicas. Para além disso, os ácidos gordos omega-3 são os protectores do fígado.

 

Conselhos nutricionais para combater o fígado gordo ou esteatose hepática

A composição da dieta afecta a acumulação de gordura e a inflamação hepática. Ter uma boa alimentação e fazer uma dieta adequada traçada por um nutricionista é a chave para melhorar e curar este problema de saúde.

Em termos gerais, o controlo das calorias da dieta é a chave para ajudar as pessoas obesas ou com excesso de peso a emagrecer. A estas indicações somam-se outras infalíveis tais como: aumentar o consumo de fibras, reduzir os açúcares simples e as gorduras saturadas, aumentar o consumo de ácidos gordos omega-3 e suprimir imediatamente e sem reservas qualquer tipo de bebida alcoólica.

  • Mais fibra: a fibra atrasa o esvaziamento gástrico. Isto provoca uma grande sensação de saciedade que contribui para controlar o apetite e, de forma indirecta, ajuda a reduzir o peso. Para além disso, a fibra limita o aumento da glicemia após as refeições e ajuda a controlar a resistência à insulina, habitual nas pessoas afectadas por fígado gordo.
  • Conselhos práticos: comer pão integral, tal como os restantes cereais (como o arroz, as massas ou couscous). Substituir os cereais do pequeno-almoço por muesli ou por flocos de aveia ou milho ao natural, sem acrescentar açúcar. Incluir legumes, conforme a tolerância, entre 2 e 3 vezes por semana, assim como juntar verduras em cada refeição. As de folha verde são as ideais para a protecção hepática.
  • Sem açúcares simples: uma alimentação rica em açúcares simples diminui a sensibilidade à insulina e aumenta o nível plasmático de triglicéridos e ácidos gordos livres, o que conduz à esteatose hepática. Devido à sua associação directa nos transtornos metabólicos, o papel nocivo da frutose e da sacarose (50% é frutose) tem sido revisto. Estes açúcares concentram-se maioritariamente no próprio açúcar usado para adoçar ou em aditivos que se adicionam aos alimentos processados açucarados (pastelaria, refrescos, sumos…), mas também estão presentes em alimentos que são doces naturalmente, como as frutas.
  • Conselhos práticos: prescindir de todo o género de alimentos açucarados e de receitas que contenham açúcar. O objectivo é aprender a cozinhar doce, sem recorrer ao açúcar. Como adoçante pode-se usar a stevia. Será até mesmo conveniente limitar de forma temporária o consumo de fruta fresca devido à quantidade de frutose que tem na sua composição.
  • Menos gorduras más: o excesso de gordura dificulta o metabolismo lipídico pós-prandial, com o consequente aumento da concentração plasmática de enzimas hepáticas e de ácidos gordos livres, o que favorece a acumulação de gordura no fígado (esteatose) e a progressão do fígado gordo não alcoólico. Desta forma, o consumo em excesso de gorduras saturadas e de gorduras trans (pior ainda) aumenta o risco cardiovascular, um aspecto que se deve prevenir quando se padece desta patologia hepática.
  • Conselhos práticos: consumo de azeite extra virgem extra (rico em ácidos gordos monoinsaturados), como substituto dos alimentos ricos em gorduras saturadas (leite, natas, queijos, manteiga, enchidos, toucinho, carnes com gordura, pastelaria e confeitaria de fabrico industrial que contenha óleo de coco ou de palma).
  • Nada de álcool: o álcool é um produto tóxico para o fígado, um órgão já de si danificado pela inflamação e pela acumulação de gordura.
  • Conselhos práticos: eliminar totalmente o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica, até mesmo das que têm menos álcool, como a cerveja, o vinho, o champanhe, etc.

Diagnosticar fígado gordo ou esteatose hepática não alcoólica é difícil porque não existem sintomas claros e definidos. Embora seja frequente as pessoas afectadas manifestarem claros sinais digestivos (inchaço abdominal depois de comer, digestões pesadas e longas), estes sintomas não são imediatamente ligados a problemas do fígado, pois também são comuns a outros problemas digestivos.

Apesar de tudo, estas regras são a chave para o tratamento do fígado gordo ou esteatose hepática e a forma de evitar complicações crónicas graves como cirrose ou mesmo cancro do fígado.

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12 Comentários

  1. sergio
    Novembro 8, 2020
    • Paulo Rosa
      Novembro 9, 2020
  2. claudjane do amaral
    Setembro 7, 2018
  3. Patrícia Mesquita
    Outubro 2, 2017
    • Paulo Rosa
      Outubro 2, 2017
  4. Marcelo
    Maio 4, 2017
    • Paulo Rosa
      Maio 5, 2017
  5. Leônidas
    Julho 24, 2016
  6. Selma Miranda Fernandes
    Julho 18, 2014
    • Paulo Rosa
      Julho 18, 2014

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