A epilepsia (do grego ἐπίληψις, transl.epílēpsis, do verbo ἐπιλαμβάνειν: tomar, capturar, possuir, ter) é uma doença crónica caracterizada por um ou vários transtornos neurológicos que deixam uma predisposição no cérebro para gerar convulsões recorrentes, costumando ter consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais.
Esta doença pode também afectar os animais, especialmente os domésticos (gatos ou cães), e os sintomas são os mesmos que no ser humano
Desde 2015 que o Dia Internacional da Epilepsia é celebrado no dia 13 de Fevereiro.
Tabela de Conteúdos
O que fazer perante um ataque epiléptico?
- Tentar manter a calma.
- Deitar a pessoa no chão, longe de objectos onde se possa lesionar.
- Evitar que sofra golpes na cabeça ou quedas bruscas.
- Girar a cabeça para o lado de forma a facilitar a respiração.
- Não prender a pessoa para tentar deter as convulsões.
- Não tentar abrir, nem introduzir qualquer objecto na boca. O impulso de fechar a boca é tão forte, que será mais fácil partir um dente, cortar o lábio, ou provocar danos na mandíbula, do que evitar que morda a língua (nem sempre acontece) ou que engula a língua (anatomicamente, é impossível que isso aconteça).
- Permanecer ao lado até que a pessoa recobre a consciência. Depois de uma crise convulsiva costuma haver confusão, dores musculares e dor de cabeça que poderá ser mais ou menos intensa. De uma forma geral é algo que passa rapidamente.
O que é a epilepsia?
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro que leva a crises epilépticas repetitivas e espontâneas de qualquer tipo.
As crises epilépticas (convulsões, “ataques”) são episódios de alteração da função cerebral que produzem alterações na atenção e no comportamento e que são causadas por uma excitação anormal nos sinais eléctricos do cérebro.
Possíveis complicações
- Problemas de aprendizagem
- Pneumonia por aspiração
- Lesões causadas por quedas, golpes ou mordidelas auto-infligidas durante uma convulsão
- Lesões durante uma convulsão enquanto estiver a conduzir ou a operar maquinas
- Danos cerebrais permanentes (acidente vascular cerebral ou outros danos)
- Convulsões prolongadas ou numerosas sem recuperação completa entre elas (estado epiléptico)
- Efeitos secundários dos medicamentos
Causas
Um tumor cerebral, uma meningite, uma má-formação, um traumatismo craniano, alcoolemia, etc. Existem muitas causas. No entanto, a maior parte das epilepsias são benignas e de origem desconhecida.
Há alguns factores que podem desencadear as crises, como por exemplo febres altas, falta de sono ou abuso excessivo do consumo de álcool ou de drogas estimulantes (anfetaminas, cocaína).
Tipos de crise
Crises Parciais
São aquelas onde a crise tem origem numa determinada zona do cérebro. Ou seja, há uma área concreta onde a crise tem uma origem localizada.
Após essa crise, pode ou não generalizar-se. Ou seja, posteriormente poderá (ou não) afectar todo o cérebro.
As características das crises dependerão da zona cerebral onde tem origem a crise e da propagação da actividade epiléptica a outras áreas cerebrais. Pode ou não haver alteração da consciência.
Crises Generalizadas
São aquelas onde a actividade eléctrica epileptiforme se manifesta em todo o cérebro desde o início da crise. Ou seja, todo o cérebro foi envolvido desde o início.
Sintomas
A gravidade dos sintomas pode variar bastante, desde simples episódios de ausências até perda do conhecimento e convulsões violentas. Para a maioria dos pacientes com epilepsia, cada crise é parecida com as anteriores. O tipo de convulsão ou crise epiléptica depende de uma variedade de factores, como a parte do cérebro afectada e a causa subjacente à convulsão.