A depressão é uma perturbação psicológica muito discutida por ser bastante frequente.
Tristeza prolongada, desinteresse ou falta de prazer em qualquer atividade, falta de energia, cansaço persistente, falta de concentração e de memória, falta ou excesso de apetite, alterações no sono (sonolência ou perda de sono), diminuição gradual da líbido, baixa auto-estima, ansiedade, apatia. Os sinais podem ser muito diversos de pessoa para pessoa.
Mas há algumas causas nutricionais que podem estar por detrás desta sintomatologia. A suplementação ajuda a melhorar os sintomas quando a deficiência está presente.
Tabela de Conteúdos
Vitaminas do complexo B
A relação entre as diversas vitaminas B e a função cerebral é evidente. Sem vitaminas B diversos neurotransmissores ficam comprometidos, o que dificulta o trabalho cerebral. Há diversos estudos a demonstrar benefícios em sintomas depressivos após suplementação.
A medição da homocisteina é uma forma indirecta de verificação dos níveis de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12: se o seu valor de homocisteína for alto provavelmente tem deficiências vitamínicas.
Com homocisteína alta, a probabilidade de depressão aumenta.
Ómega 3
A familia dos ácidos gordos ómega 3 é fundamental para o funcionamento do cérebro. Estes fazem parte da sua estrutura e são importantes na comunicação entre neurónios.
Os ómega 3 de destaque são o EPA e DHA.
Comer pouco peixe é factor de risco para depressão e diversas investigações mostram que quanto mais ómega 3 (peixe, algas, sementes linhaça) é ingerido, menor é a prevalência da doença.
A suplementação apresenta também resultados muito positivos.
Aminoácidos essenciais
Nove aminoácidos não conseguem ser produzidos pelo organismo e têm por isso que ser fornecidos pela alimentação (aminoácidos essenciais). As fontes completas de aminoácidos são as carnes, peixes, ovos, lacticínios. Nas fontes vegetais a mais completa é a soja, sendo que a combinação de outros alimentos como arroz e feijão também nos podem fazer esse aporte. Dietas restritivas só com saladas e sopas podem resultar em depressão.
O aminoácido essencial triptofano é necessário para a formação da serotonina, um neurotransmissor essencial ao bom humor.
Não esqueça por isso as fontes proteicas na sua alimentação (mesmo que prefira as fontes vegetais) e se necessário recorra a suplementação.
Vitamina D
Se o seu valor de vitamina D não estiver normal poderá estar a sentir cansaço e falta de energia. Além disso sabe-se que a deficiência de vitamina D aumenta o risco de depressão e que poderá ajudar no alívio de alguns sintomas.
Minerais: zinco, crómio e ferro
Pacientes com depressão apresentam com muita frequência deficiências de zinco, crómio e ferro. Infelizmente a alimentação dos dias de hoje está muito empobrecida em alguns minerais. Alguma evidência científica mostra maior probabilidade de depressão quando a ingestão de minerais é baixa e também melhorias de sintomas após suplementação.
Sensibilidades alimentares
Uma doença celíaca não diagnosticada pode ter consequências neurológicas/psicológicas graves. Existem também situações em que não há diagnóstico de doença celíaca, mas que sensibilidades alimentares parecem ser a causa escondida de sintomas semelhantes a depressão. O glúten e os aimentos que o contêm, poderão estar por detrás de diversos sintomas depressivos, mas os alimentos causadores podem também ser outros.
Níveis de açúcar no sangue
A estabilização dos níveis de açúcar no sangue ao longo do dia, não vai resolver uma depressão. Mas, permite estabilizar um pouco o humor e diminuir a ansiedade, irritabilidade e até descontrolo emocional em algumas ocasiões. Com fome ou próximos de uma hipoglicemia é muito mais difícil pensar e é mais fácil de se descontrolar.
Tenha em conta todos estes pormenores nutricionais e comece já a eliminar possíveis deficiências que estejam a condicionar a sua saúde e bem-estar.
Para um diagnóstico de depressão deve sempre consultar um médico.