Nem muito, nem pouco. Tudo deve ter a sua conta e a sua medida. Já foram vários os estudos publicados na revista britânica de cardiologia, Heart, que afirmam que fazer demasiado desporto poderá ser prejudicial para o coração.
Quer saber mais informações sobre estes estudos? De seguida vamos explicar as conclusões destas investigações, que relacionam a actividade física em excesso com o risco de poder vir a sofrer um ataque cardíaco.
Tabela de Conteúdos
Desporto com moderação
Todos conhecemos os imensos benefícios do desporto na nossa saúde física e mental. Para nos mantermos em forma, para evitar e prevenir doenças, e até mesmo para melhorar o nosso estado anímico e reduzir o stress. O exercício físico é fundamental em qualquer etapa das nossas vidas, mas sempre de forma responsável e adaptado à nossa condição física.
A curva do J
Os estudos publicados na revista Heart revelam que os benefícios do desporto apresentam uma curvatura com a forma de um J. O que significa isso? Significa que praticar exercício físico durante mais tempo e com mais intensidade, não quer necessariamente dizer que seja benéfico para o nosso corpo, bem pelo contrário.
Risco de morte cerebral
Com efeito, segundo os dados de um destes estudos realizado na Suécia, demasiada actividade física pode aumentar o risco de morte cerebral, devido à possibilidade de haver um ataque cardíaco em pessoas com problemas relacionados com o coração.
O Hospital Clinic de Barcelona reforça estas opiniões, através de um editorial publicado na revista. Para além disso, os especialistas assinalam que a duração e a intensidade do exercício, não só estão relacionadas com o historial clínico dos pacientes, como ainda com a sua idade.
Por essa razão recomendam aos pacientes que padeçam de alguma doença cardíaca estável e com idade a rondar os sessenta anos, que façam actividade física de forma moderada e sempre sob o controlo médico.
A idade do paciente também tem influência
Estas conclusões apoiam-se nos dados de uma investigação realizada pelo German Cancer Research Center, com pacientes que padeciam de doenças cardíacas e com idades na casa dos sessenta anos. Os investigadores ficaram surpreendidos ao descobrir que os participantes que faziam exercício com demasiada intensidade, tinham o dobro das possibilidades de vir a ter um ataque cardíaco, do que os que não praticavam qualquer actividade física.