A Associação Americana do Coração (AHA) é contundente em relação a este problema. Viver próximo de uma estrada movimentada, aumenta as possibilidades de vir a padecer de alguma doença cardíaca. Essa foi a informação publicada pela revista Circulation e que se baseou principalmente na exposição ambiental sofrida por pessoas que vivem próximo de uma estrada com muito tráfego.
Os investigadores também advertem que estes riscos são maiores nas mulheres e nas crianças mais pequenas. Se quer conhecer mais detalhes, vamos seguidamente revelar algumas conclusões interessantes de alguns estudos que demonstram as consequências negativas de viver em grandes núcleos urbanos.
Contaminação ambiental e acústica
Segundo os investigadores, viver próximo de uma estrada pode ser tão prejudicial para a saúde como o tabagismo ou a obesidade. Esta é uma advertência que não devemos tomar de forma ligeira, porque está em jogo a nossa saúde e também a dos mais pequenos da casa.
E quais são os perigos que enfrentamos ao viver próximo de uma estrada movimentada? Para além da contaminação ambiental, o ruido é também um factor a ter em conta, devido ao stress e à ansiedade gerados. No entanto, os investigadores referem-se sobretudo em relação à exposição ambiental.
Risco de AVC, morte súbita cardíaca e asma
Diferentes estudos como o da Associação Americana do Coração (AHA), da Universidade de la Sorbonne e do Instituto de Epidemiologia do Cancro de Copenhaga, são coincidentes na conclusão que viver próximo de uma estrada pode aumentar os riscos de vir a sofrer um acidente vascular cerebral ou AVC. Por outro lado, as crianças que vivem a menos de 75 metros de uma estrada têm mais 14% de possibilidades de vir a desenvolver problemas de asma.
Mas os problemas não terminam por aqui, já que as pessoas que vivem a menos de 50 metros de uma estrada têm mais 38% de probabilidades de vir a ter uma morte súbita cardíaca. E embora todos estes riscos não estejam cientificamente comprovados, os especialistas em saúde e meio ambiente reconhecem que existem mais riscos ao viver próximo de uma estrada movimentada. Pelo menos, assim o confirmam os estudos realizados até ao momento, com participantes de média e avançada idade, de classe media e baixa.