São originadas de forma natural e oferecem privilégios inimagináveis, devidos aos seus poderosos princípios ativos. Já deve ter percebido que estamos a referir-nos às plantas medicinais adelgaçantes.
Naturalmente, não são milagrosas, mas podem ajudar bastante. Neste artigo, dir-lhe-emos quais são as espécies mais eficazes para alcançar os objetivos de perda de peso. Mas para emagrecer não há qualquer fórmula secreta nem misteriosa para o sucesso.
Uma ementa baixa do ponto de vista calórico em combinação com exercício físico é o princípio básico. Por isso, e apesar do uso de plantas medicinais, esta dieta, à semelhança de qualquer outro plano de emagrecimento, é vital que pratique uma dieta cuidada, em conjunto com a prática regular de exercício. As plantas medicinais são, assim, um simples complemento.
Existe uma grande variedade de espécies de plantas que atuam de formas diferenciadas no organismo. Elas podem ser saciantes, depurativas, diuréticas ou laxantes. Os seus efeitos dependem da maneira como atuam os seus princípios ativos.
Tabela de Conteúdos
Plantas saciantes
Têm como efeito aumentar o volume do sistema digestivo, dando dessa forma azo a uma sensação de saciedade. Este efeito causa à pessoa uma sensação de «estômago cheio». Estas espécies têm ainda outro tipo de benefícios, que se traduzem na regulação das funções intestinais, traduzindo-se num suave efeito de laxante, que permite ao corpo limpar todas as impurezas.
Deste modo, é diminuida a absorção de hidratos de carbono e gorduras. A recomendação é a administração das plantas cerca de meia hora antes das refeições. Desta forma, diminui-se o apetite e consequentemente, a quantidade de comida que será ingerida.
Glucomanano
É uma fibra pertencente a uma leguminosa e tem a propriedade de poder absorver até 200 vezes mais água do que o seu próprio peso quando seco. Uma vez chegado ao estômago, dá-se uma dilatação que acaba por formar um gel produtor da saciedade e que também atrasa a velocidade de absorção dos lípidos e dos hidratos de carbono.As recomendações são de tomar 1 g duas vezes por dia.
Figueira-da-índia
Uma vez tomada cerca de 30 minutos antes das refeições, a planta tem como efeito uma razoável diminuição do apetite. As suas mucilagens incham no estômago, e provocam asssim uma redução do volume gástrico. Posteriormente, diminuem a quantidade de comida que apetecerá comer durante a refeição. É recomendado que se tome entre 100 e 500 g do gel, tanto fresco como seco, duas a três vezes por dia.
Tanchagem maior (plantago maior)
Esta planta não só produz um efeito saciante, como também melhora largamente a flora intestinal. Assim, é perfeito para coadjuvar em processos de emagrecimento, uma vez que induz um sentimento de saciedade, diminuindo a absorção de hidratos de carbono. Pode ser tomado na forma de chá, uso comum a dar às suas folhas.
Atenção: esta planta pode ter contraindicações quando tomada em conjunto com alguns medicamentos como os antibióticos e a vitamina B12. Assim, se estiver sob medicação, não tome sem aconselhamento médico. A planta também não deve ser tomada em casos de anemia ou má nutrição crónica. O conselho é que tome 40 g de folhas para 1 L de água.
Espirulina
A espirulina é uma alga que tem como efeito a sua dilatação no estômago, o que vai naturalmente provocar uma sensação de saciedade. Consequência principal: menos fome e, logo, menos comida ingerida. A planta marinha em apreço tem a habilidade de sintetizar nutrientes e ajudar a controlar o apetite, devidos às suas mucilagens saciantes. Deve-se tomar entre 2 e 4 g por dia.
Gomaguar
É extremamente viscosa e, por isso, causa no estômago uma sensação de enchimento que dura uma maior quantidade de tempo. Além disso, a sua fibra é solúvel e assim mantém os níveis de açúcar e colesterol equilibrados. Deste modo, a vantagem é ainda mais óbvia para as pessoas afetadas com obesidade ou diabetes. A quantidade a ingerir varia entre os 5 e os 20 g por dia.
Plantas lipolíticas e termogénicas
Estas plantas destacam-se por terem princípios ativos que reduzem os depósitos de gordura, facilitando a queima da mesma.
A sua denominação mais comum é a de plantas queima-gorduras uma vez que o seu principal efeito é o estímulo à combustão dos lípidos (gorduras) e o efeito de impedimento da produção de mais adipócitos (células que armazenam gordura).
Guaraná
A sua principal ação é queimar gordura. Na sua composição entram cafeína e uma boa dose de polifenóis, estimulantes do sistema nervoso e acelerantes do metabolismo.
Em função da sua ação estimulante, o seu consumo deve ser moderado, sendo de evitar a dosagem excessiva. Preferencialmente, deve-se tomar 1 g, duas vezes por dia, logo a seguir às refeições. Desse modo, conseguirá otimizar os seus efeitos positivos e não provocar danos na sua saúde.
Laranja amarga
É uma subespécie da laranjeira-doce, de onde provém a laranja comum. Possui muita sinefrina na sua casca. Este composto vai possibilitar uma melhor libertação e combustão das gorduras das reservas, assim tornando maior o consumo energético. Por outro lado, tem ainda um papel importante na eliminação de celulite e no controlo do apetite. Utilizam-se as cascas das laranjas amargas sob a forma de comprimidos, 150 a 300 mg por dia.
Chá verde
O chá verde é uma das melhores ferramentas a utilizar por quem pretende entrar numa dieta de adelgaçamento. Possui altos níveis de antioxidantes, aos quais se chamam de catequinas, e que já demonstraram que alcançam resultados. Uma pesquisa da American Society for Nutrition chegou mesmo à conclusão de que esta bebida é extremamente eficiente em reduzir a massa gorda abdominal, nomeadamente a subcutânea. Assim, representa uma vantagem extra para aqueles que pretendem perder todo o seu excesso de peso.
Segundo os autores do estudo, é cientificamente provado que efeito termogénico das catequinas potencia o gasto, por parte do organismo e sob a forma de calor, da energia dos alimentos. Assim, as calorias ingeridas são gastas de imediato em vez de armazenadas sob a forma gordura.
Para resultados mais rápidos, pode ingerir o chá verde sob a forma de comprimidos compostos tendo como base a planta seca. Dessa maneira, conseguirá tomar doses mais elevadas em menos tempo. A dose recomendada é 1 g, duas vezes por dia.
Plantas inibidoras de lipogénese
Estas diminuem a acumulação dos depósitos de gordura. Reduzindo a atividade das lipases (lipoproteínas), é evitada a transformação dos hidratos em gorduras (lipogénese).
Garcinia cambogia
Contém ácido hidroxítrico (HCA), inibidor da lipogénese. Esta é o processo que transforma os hidratos de carbono em gorduras, com o propósito de as armazenar no tecido adiposo. Deste modo, as gorduras não se vão acumular em excesso no organismo. Como se isso não bastasse, dá-se uma redução do apetite. O ideal? Tomar entre 450 a 500 mg de extrato (estandardizado a 50% de HCA), com a frequência de duas a quatro vezes por dia.
Plantas que melhoram as funções gastrointestinais e aceleram o metabolismo
O excesso de peso pode-se dever a um funcionamento deficiente do aparelho digestivo. Assim, sendo esse o caso, as plantas reguladoras desta função são uma ajuda preciosa para a redução de peso.
Existem três tipos diferentes:
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As depurativas, tendo como principais exemplos as folhas da alcachofra, diminuidoras do efeito absorvente de gorduras, que além disso são um melhoramento para as funções biliares e possuem um efeito diurético.
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As diuréticas, que devem ser utilizadas por pessoas que fazem retenção de líquidos. Mas atenção: apenas pode tomar estas plantas se não tiver problemas cardíacos. Só que com estas plantas só é eliminado peso através de água. Na verdade as plantas diuréticas apenas facilitam a eliminação de água e sódio, através da urina.
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As plantas com efeito laxante, ferramentas úteis para quem tem peso excessivo em virtude de prisão de ventre.
São melhores as plantas cuja atividade laxante é mecânica, tal como são as sementes de plantago ou de linhaça. As que tem uma atividade química, como a cáscara-sagrada ou a frángula, devem ter uma utilização pontual e curta.
Alcachofra
Tem um papel maioritariamente drenante. Possui cinarina, cuja função é estimular a secreção de bílis (desse modo combatendo a prisão de ventre), reduzindo do mesmo passoos níveis de colesterol. Será principalmente aconselhável o seu uso a pessoas que tenham problemas de fígado, icterícia e má digestão de gorduras. Graças à combinação das suas propriedades antioxidantes, é considerada um fitomedicamento, pois evita a oxidação do colesterol LDL. A dose recomendada varia consoante a forma: em xarope, são recomendados 1 a 2 ml por dia. Já sob a forma de comprimidos, aconselha-se entre 0,5 a 2 g por dia, a tomar ao mesmo tempo que as refeições.
Aloé vera
A aloé vera é um estimulante para o funcionamento intestinal, atuando através dos fitoquímicos que se encontram no seu gel e no látex. Assim, auxilia o organismo na tarefa de eliminar gorduras e outras toxinas. Recomendam-se entre 2 a 5 ml do gel, uma ou duas vezes por dia ou 50 a 100 mg por dia, em comprimidos ou em cápsulas do pó do látex.
Ortosifão
É diurética, e esse efeito é essencialmente devido à riqueza de sais minerais, óleos essenciais e flavonoides na sua composição. É altamente aconselhado o seu consumo em dietas de adelgaçamento perante a existência de retenção de líquidos que se associe ao excesso de peso. As quantidades variam também consoante a forma: em comprimido, cerca de 600 mg, duas vezes por dia. Em chá, uma colher de sopa por chávena, duas vezes por dia.
Cavalinha
Esta planta elimina líquidos e toxinas, ao mesmo tempo que diminui a fadiga resultante de algumas dietas. A quantidade e frequência das tomas é a seguinte: em comprimidos, entre 500 mg a 1 g, por dia. Em chá, uma colher de sopa, feita ferver durante um minuto, para beber no máximo três vezes por dia. Mas atenção: de 15 em 15 dias deve fazer uma pausa de igual duração. A toma contínua pode ser prejudicial.
Sementes de linhaça
Estão cientificamente provados os seus efeitos positivos: devido ao seu conteúdo fibroso (tanto solúvel como insolúvel), têm um efeito laxante. Quando inteiras, as sementes tem o potencial de ser utilizadas através de infusão simplesmente consumidas em conjunto com cereais, iogurtes ou bolos. Já o óleo pode ser usado como tempero. É recomendável tomar 1 a 2 colheres de sopa, por dia ou entre 3 a 6 g por dias, às refeições, em caso de cápsulas.