O facto de o bruxismo (ranger de dentes repetitivo e involuntário) poder ser tanto nocturno, como diurno, dá-nos algumas pistas sobre a melhor forma de o tentar prevenir. Apesar de tudo, considera-se que é uma situação sem gravidade, não sendo considerada um problema de saúde.
No entanto, quando este problema se prolonga pode ser prejudicial para dentes, músculos e articulações da boca, para além de provocar dores de cabeça e um mal-estar considerável.
Desta forma, convém prevenir o seu aparecimento, ou pelo menos, actuar para que este não piore. Neste artigo vamos fazer um breve resumo sobre as causas do bruxismo e ver os tratamentos preventivos para evitar o seu agravamento.
Quando a prevenção não é necessária
Antes de levar a cabo uma série de medidas preventivas, temos de ter em conta que o bruxismo pode parar de forma espontânea, sobretudo nas crianças. Os adultos podem igualmente padecer deste problema de forma pontual, embora não seja frequente.
No caso das crianças, o problema representa pouco menos do que um desgaste de dentes e pode diminuir ou mesmo desaparecer quando os dentes permanentes aparecem. No entanto, quando é um jovem a sofrer deste problema, recomenda-se uma actuação para evitar que acabe por se tornar um problema crónico. Neste caso, o bruxismo noturno deverá ser tratado principalmente através do controlo dos padrões de sono, entre outras formas de actuação.
O bruxismo tem igualmente tendência para diminuir conforme se vai envelhecendo. Mas os casos mais preocupantes estão entre os jovens e adultos com idades entre os 20 e 50 anos de idade, aproximadamente.
Há que não esquecer também, que existe a possibilidade de se tratar de um bruxismo hereditário.
Após identificado o problema, será o especialista que nos aconselhará acerca das medidas a tomar depois do diagnóstico. Mas são muitos os factores com influência e apenas a personalização vai permitir levar a cabo um diagnóstico e tratamentos de sucesso.
Como prevenir ou minimizar o bruxismo
Descobrir as causas que o provocam será um modo de fazer luz sobre o caminho a seguir para a sua prevenção. Para além de ter em conta possíveis patologias associadas, é importante analisar as circunstâncias que envolvem o paciente. Recordemos aqui que atacar o estresse e a ansiedade que o desencadeiam também podem minimizar ou mesmo evitar este problema. Desta forma, se conseguirmos prevenir este tipo de situações, poderemos também evitar o próprio bruxismo.
Da mesma forma que o bruxismo diurno pode ser controlado em alguns pacientes que conseguem programar a sua mente. Insistindo nisso, pode-se basicamente controlá-lo e evitá-lo, embora não seja tão simples de fazer, como é fácil de entender.
Por outro lado, por não se poder prevenir o bruxismo, o seu tratamento representa também uma série de problemas. Com efeito, trata-se de um problema dentário para além do meramente oral.
Tenhamos em conta que o bruxismo tem consequências relacionadas com a qualidade do sono, a concentração e a aprendizagem. Isso para além do óbvio mal-estar provocado pelo desconforto devido à tensão muscular.
Considerado como uma tendência ou hábito, o bruxismo pode também ser prevenido através da implantação de uma placa de bruxismo. O seu uso impede que os dentes choquem uns contra os outros e desta forma actua preventivamente. Este é um complemento eficiente quando é realizado um implante ou outro tipo de intervenção oral que necessite deste tipo de acessório.
Voltando às causas psicológicas, o tratamento do factor psicológico pode também prevenir que acabe por se transformar num problema crónico e cujas consequências se vão tornado cada vez piores. Neste aspecto, um psicólogo ou psiquiatra poderá ser uma boa ajuda.
A fisioterapia e outros tipos de reabilitação ou tratamento de traumatismos, como após um acidente automóvel (por exemplo), também pode actuar como uma forma de prevenção do bruxismo crónico. Após um traumatismo cervical, por exemplo, não é raro vir a sofrer deste problema, o qual pode ir desaparecerenco consoante a reabilitação vai avançando.
Se a causa do bruxismo são os fármacos (psicoactivos, por exemplo), então um melhor controlo destes vai ajudar a evitar e a prevenir o bruxismo.
Por último, no caso de se tratar de uma causa desconhecida, estaremos perante bruxismo do tipo idiopático. Será o nosso dentista a pessoa mais habilitada para o diagnosticar como tal, e, tal como nos outros casos, tentar encontrar possíveis soluções antes que as consequências se agravem.