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Alergia ao leite

alergia ao leitePara muitas pessoas, ser alérgico ao leite pode ser uma coisa ligeira e sem grandes problemas, mas devemos lembrar-nos que existem vários alimentos que têm leite na sua composição, alguns são fáceis de identificar, como a pizza, por exemplo, mas outros não são tão evidentes, como alguns produtos de padaria.

Qualquer pessoa alérgica ao leite pode ficar doente a comer alguns destes alimentos, mas, para além disso, os adolescentes por exemplo, devem consumi-los porque necessitam de cálcio e vitamina D, entre outros, pelo que é bom saber o que fazer nestes casos.

 

Causas da alergia ao leite

Quando uma pessoa afectada por este problema ingere leite ou um alimento que contém produtos lácteos, o sistema imunitário do corpo entende (erradamente) que as proteínas do leite são “invasores” e combate-os, isto faz provoca uma reacção alérgica que implica a libertação de substâncias químicas chamadas histaminas de algumas das células do corpo e a produção de imunoglobulina E, que é um anticorpo que combate as proteínas.

Tudo isto pode fazer com que a pessoa se sinta doente. Uma alergia ao leite começa quando um bebé começa a beber leite em pó e apresenta uma reacção adversa. Pensa-se que cerca de 7% dos bebés e crianças apresentam este problema, mas a maioria deles supera a alergia durante os primeiros 6 anos de vida.

 

Sintomas da alergia ao leite

Os sintomas de alergia ao leite aparecem numa questão de minutos (alergia de aparecimento rápido) ou várias horas após a ingestão de produtos lácteos. Estes sintomas podem incluir: corrimento nasal, urticaria, inflamação facial, problemas respiratórios, irritabilidade, vómitos, diarreia e erupção cutânea descamativa com coceira.

Muitas vezes as pessoas confundem a alergia ao leite com a intolerância à lactose porque as duas têm sintomas semelhantes, mas podemos afirmar que estas duas alergias não têm qualquer relação. A diferença reside no facto da alergia ao leite ser um problema do sistema imunitário, enquanto a alergia à lactose afecta o aparelho digestivo. Quando alguém sofre desta última, significa que o seu aparelho digestivo produz uma quantidade insuficiente de enzimas para decompor o açúcar existente no leite e este último acaba por fermentar no intestino delgado, provocando náuseas, cólicas, abdómen inchado, gases e diarreia.

A alergia ao leite pode ser diagnosticada através da uma análise ao sangue ou de uma prova cutânea que detecta os anticorpos IgE que combatem as proteínas lácteas. A prova cutânea baseia-se na colocação de pequenas quantidades de proteínas lácteas no antebraço, depois raspa-se a pele e observa-se se aparecem manchas vermelhas que indiquem a reacção alérgica.

 

Tratamento para a alergia ao leite

As pessoas que têm alergia ao leite com aparecimento retardado, não têm de fazer esse tipo de análise pois não terá grandes resultados. Nestes casos os médicos fazem um diagnóstico baseando-se numa dieta da qual são eliminados certos alimentos, pedindo-se que não coma nem beba nada que tenha leite na sua composição durante um determinado período de tempo.

Para evitar esta alergia é preciso que a pessoa afectada evite consumir qualquer alimento que contenha leite ou produtos lácteos. Os bebés com esta alergia podem ter de alterar a sua alimentação para produtos com uma fórmula elaborada com soja ou hipoalergénica. Para os indivíduos alérgicos, recomenda-se que leiam muito bem as etiquetas dos alimentos para não comerem nada que possa ser prejudicial para o organismo. Muitas pessoas alérgicas ao leite podem ter reacções graves, mesmo perante o mínimo contacto com as proteínas existentes no leite, sendo a anafilaxia uma delas: provoca a descida da pressão arterial, estreitamento das vias respiratórias e inchaço da língua, dificultando a respiração e nalguns casos podendo mesmo provocar a morte.

Como tratamento, pode-se recomendar que tenham uma dieta com alimentos que não contenham: caseinato de amónio, sabores artificiais a manteiga, natas, manteiga, óleo de manteiga, soro de leite coalhado, corante de caramelo, caramelos, queijo, requeijão, pudim flan, leite de cabra, farinha com elevado conteúdo proteínico, entre outros. Se forem eliminadas estas substâncias é possível viver tranquilamente com esta alergia, mas o seu médico poderá recomendar que após alguns anos comece a incorporar leite na alimentação habitual.

Como sempre, recomendamos que consulte o seu médico, terapeuta ou outro profissional de saúde competente. A informação neste artigo tem uma função meramente informativa.

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