A redução do risco de aparecimento de patologias cardiovasculares significa antes do mais prevenir. Ou seja, implica suprimir ou reduzir os factores de risco (na medida do possível) no sentido de reduzir o risco cardiovascular.
Não há dúvida que a prevenção é extremamente importante, sempre que o risco desta doença for elevado. Desta forma, torna-se importante contar com a informação do risco cardiovascular total de cada paciente em particular (sempre na medida do possível).
Será a partir daí que serão estabelecidas as estratégias de prevenção e qual a terapêutica a seguir.
Será o médico de família que juntamente com o cardiologista, irá desempenhar um papel muito importante na prevenção através de um tratamento individualizado e com uma abordagem o mais ampla possível. Isso significa que o médico não se deve concentrar apenas num único factor de risco quando foram detectados múltiplos factores de risco cardiovascular.
Neste artigo vamos ver algumas recomendações nas mudanças do estilo de vida que, por outro lado, podem ser acompanhadas pelos correspondentes fármacos. Apesar disso, há que recordar que ambos devem ser baseados numa estimativa do risco cardiovascular de cada paciente.
Há imensos estudos que já mostraram haver uma redução do risco cardiovascular apenas com uma alteração do estilo de vida. E isso tem toda a lógica, uma vez que a doença cardiovascular tem uma relação directa tanto com este e com os factores fisiológicos e bioquímicos (alteráveis ou não).
Tabela de Conteúdos
Controlo médico preventivo
Tendo em conta que os factores de risco vascular nem sempre são alteráveis, o controlo médico irá ajudar a ter uma visão mais completa da situação de cada paciente.
Desta forma, podemos saber se teremos mais riscos de vir a padecer deste tipo de doenças, embora (logicamente) a capacidade preditiva ainda esteja muito distante de ser confiável no prognóstico de eventos cardíacos futuros.
Mais concretamente, deverão ser realizados exames adaptados às necessidades de cada paciente, tendo em conta que a idade, o sexo e a herança familiar são factores de risco não modificáveis, ao contrário de outros associados a estilos de vida pouco saudáveis e que podem conduzir a casos de hipertensão, colesterol, diabetes ou insuficiência renal.
Actividade física regular
O sedentarismo, como sabemos, está relacionado com diversos problemas de saúde, entre os quais os cardiovasculares ou, por exemplo, o aparecimento de diabetes, assim como a denominada síndrome metabólica.
A actividade moderada (sempre dentro do recomendado pelo médico a partir da nossa forma física e de outros parâmetros de saúde a considerar) é uma medida de prevenção cardiovascular que, por outro lado, ajuda a melhorar a saúde em geral.
Deixar o tabaco reduz o risco cardiovascular
Juntamente com o sedentarismo, o tabagismo é outro mau hábito a evitar se queremos ter um estilo de vida cardiosaudável. É ainda necessário controlar o tabagismo passivo, uma vez que este é igualmente prejudicial.
Felizmente que deixar de fumar tem benefícios rápidos para a saúde. Tanto no que diz respeito a recuperar a saúde a nível do sistema respiratório, como na prevenção cardiovascular.
Aproxime-se do peso ideal
A obesidade é um importante factor de risco. Para considerar qual é a melhor estratégia nutricional, é necessário considerar o índice de massa corporal, uma vez que o risco cardiovascular está relacionado com este. Sobretudo quando se trata de obesidade masculina com existência de gordura abdominal.
De uma forma geral, podemos afirmar que reduzir o peso, aproximando-nos do peso ideal, traduz-se numa diminuição das complicações cardiovasculares.
Adeus ao estresse
O estresse é um factor de risco, não por si só, mas pelo potencial que tem para agravar outros factores de risco. É por isso que o estresse está associado a diferentes doenças cardíacas, pelo que devemos reduzi-lo ou evitá-lo para termos mais e melhor saúde.
A tensão, a ansiedade e todas as situações difíceis que provocam reacções psicossomáticas são derivadas de um estresse que pode ter um impacto negativo na nossa saúde. Entre outras consequências, pode elevar a pressão arterial, prejudicar o coração e a nossa saúde cardiovascular em geral.